Grupo Escoteiro Mário Dilson realizou seu MUTECO- Mutirão Nacional Escoteiro de Ação Ecológica, analisando a situação do Córrego Sóter, seus ciclos de vida e sua história com o ema: “Sóter, em busca da água perdida” que teve como objetivo principal propiciar na população e em especial nos membros juvenis, ferramentas para visualização da interferência negativa e positiva do homem na natureza, a partir de uma postura critica, contribuindo para a conscientização e atuação diante da realidade da modernidade e do progresso.
Inicialmente fizemos uma sensibilização dos pais por meio de reunião comunicando do início do
MUTECO e conversamos com as crianças sobre a situação do córrego. Nessa ocasião
foi mostrado aos juvenis imagens do Córrego de 10 anos. Posteriormente fizemos uma visita técnica ao Sóter
acompanhadas do Dr. José Milton Longo, Biólogo que nos orientou durante o
Projeto. Os juvenis puderam visualizar o córrego assoreado, a erosão e a
voçoroca instalada no interior do Parque. Durante a caminhada no entorno da
voçoroca, o Biólogo esclarecia as causas e consequências daquela situação. Ao
final, fizeram a Canção da despedida às margens do Córrego. Após essa visita,
foi solicitado aos juvenis a elaboração e socialização dos relatórios
enfatizando as causas da voçoroca no Parque;
Os Membros Juvenis envolvidos no projeto, juntamente com os Chefes, fizeram
a entrega do relatório referendado com as assinaturas dos moradores para a Câmara
de Vereadores de Campo Grande. O documento solicita da Administração Municipal
em regime de urgência melhorias, manutenção e conservação, interna e externa do
parque Sóter. Participaram do evento os Grupos Escoteiros Mário Dilson – 35º
MS; Pe Heitor Castoldi – 3º MS; Alcídio Pimentel; Cidade Morena – 30º MS e
Atalaia do Pantanal.
AGUAS
PERDIDAS
Quero
seguir mansamente entre a floresta
Mas
tenho medo, o meu futuro é tão incerto.
Vou
estreitando meu curso
Vou me transformando
num deserto
É só o
que me resta!
O descaso do homem frio
Acelera esse imenso vazio
Que engole tudo a minha volta
Só para mostrar à revolta
De não matar a sede das gaivotas!
Olho ao céu e lhe peço:
Oh! Gigante imponente de concreto
Devolva-me as aguas que sumiram
Com a chegada do progresso
(Freitas)

Considerando
que um dos princípios estabelecidos na Promessa Escoteira é o dever para com
Deus e o próximo no sentido de “participação no desenvolvimento da sociedade
com reconhecimento e respeito à dignidade do ser humano e ao equilíbrio do
meio-ambiente” (UEB, Escotistas em ação, 2010, p. 18) entendemos que a
problemática do Córrego Sóter deve ser aprofundada junto aos jovens no sentido
de identificação das causas do assoreamento, buscar melhorias para sua
recuperação. O Projeto Educativo da União dos Escoteiros do Brasil no item que
esclarece nossas convicções fundamentais orienta:
Estimulamos nos jovens o respeito pela
natureza e o compromisso com o meio ambiente. Privilegiamos a vida ao ar livre
como experiência educativa. Contribuímos para a formação de cidadãos
responsáveis que compreendem a dimensão política da vida em sociedade, que
desempenham um papel construtivo na comunidade e que tomam suas decisões
guiadas pelos princípios escoteiros. (Projeto Educativo UEB, p. 3).
Nesse sentido nossa ação tem que ser de
conscientização, principalmente quando lemos o texto abaixo que trata dos
princípios que nos guiam:
Pedimos aos jovens que incorporem a
valorização dos direitos humanos a seu modo de pensar e a suas atitudes.
Promovemos seu comprometimento com a democracia como forma de governo que
melhor permite a participação de todos e a igualdade de oportunidades mesmo
para as minorias. Nossa proposta é que reconheçam e exerçam o poder e a
autoridade sempre a serviço do bem comum. (Projeto Educativo UEB, p. 6)
No dia 22 de março de 1992, foi
divulgada a “Declaração Universal dos Direitos da Agua”.
Ao término do
Projeto “SÓTER...EM BUSCA DA ÁGUA PERDIDA”, entregamos nas mãos do vereador
Chiquinho Teles, integrante da Comissão de Meio Ambiente na Câmara Municipal,
um relatório que sugere a implantação de um projeto
de recuperação da nascente do Córrego Sóter, contemplando:
- Recuperar a estrutura de captação e dissipação da drenagem do escoamento superficial, originada a montante da nascente, com condução ao leito natural, adequando às necessidades do local;
- Recuperar e implantar a mata ciliar nas margens do córrego Sóter, borda e taludes da voçoroca;
- Implantar barragens de gabião para contenção de sedimentos e detenção de águas pluviais, reduzindo os picos de escoamento e auxiliando na minimização das inundações a jusante;
- Implantar dispositivos de prevenção do solapamento da base do talude, utilizando estruturas de bioengenharia com materiais nativos e/ou naturais;
- Desassorear o lago existente no local;
- Maior efetivo na segurança de parques onde houver nascentes;
- Telas de proteção nas mudas para evitar a destruição pelas capivaras e outros animais.
- Ações como o reflorestamento da mata ciliar com espécies nativas, despoluição de suas águas e a intervenção da engenharia na Rua Antônio Rahe, podem ajudar a manter o córrego vivo.
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